No último domingo, 06 de outubro, faleceu José Gonçalves Monteiro, conhecido como “Zé Nilton”, ex-prefeito de Itapiúna. Filho de Manoel Monsenhor Monteiro e Maria Gonçalves Monteiro, ele nasceu em 11 de junho de 1940, no Sítio Várzea Feia, localizado a cerca de cinco quilômetros da sede do Município de Cedro, na região Centro-Sul do Ceará.
Concluiu o curso primário em 1955, no antigo Grupo Escolar de Cedro-CE. Entre 1956 e 1957, estudou na Escola de Iniciação Agrícola de Lavras da Mangabeira-CE, onde concluiu o curso de Operário Agrícola, equivalente ao segundo ano ginasial.
Nos anos de 1958 a 1959, cursou a Escola Técnica João Coimbra, em Barreiros-PE, onde completou o curso de Mestre Agrícola, equivalente ao ginasial. Em 1960 e 1961, estudou no Colégio São João, em Fortaleza-CE, cursando o primeiro e o segundo anos do ensino científico.
Em 1962, enfrentou uma grave doença, retornando aos estudos em 1963 no Colégio São José, também em Fortaleza, onde concluiu o curso científico. No ano seguinte, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade do Ceará, concluindo o bacharelado em 1968.
Trajetória Profissional:
Em 1962, foi nomeado pelo senador Virgílio Távora, então Ministro de Viação e Obras Públicas, para o cargo de Agente Postal, nível 12, no Departamento de Correios e Telégrafos. Em 1966, como solicitador acadêmico credenciado pela OAB-CE, começou a atuar na advocacia, participando de júris nas Comarcas de Araçoiaba/CE, Baturité/CE, Cedro/CE, entre outras.
Após anos de advocacia, ingressou no Ministério Público do Ceará em 1972, por meio de concurso público. Em 1975, pediu exoneração do cargo de Subprocurador de Justiça em protesto pelas más condições de trabalho e baixos salários. No ano seguinte, foi eleito prefeito de Itapiúna-CE, exercendo o cargo até 1980, quando renunciou em discordância com a prorrogação dos mandatos municipais.
Enquanto prefeito de Itapiúna, José Gonçalves Monteiro deu uma grande contribuição para a melhoria da qualidade de vida da população, promovendo obras que beneficiaram diversos setores do município, como infraestrutura, educação e saúde. Além disso, exerceu o cargo de Presidente da Associação dos Prefeitos do Ceará (APRECE), e durante sua gestão, organizou o Primeiro Seminário Brasileiro de Estudo de Desenvolvimento dos Municípios.
Em 1980, foi readmitido como Promotor de Justiça após melhorias nas condições de trabalho. Em 1982, foi nomeado Secretário de Interior e Justiça no governo de Virgílio Távora, continuando no cargo sob o governo Manoel de Castro. Entre 1986 e 1988, ocupou cargos de Diretor de Coordenação Política e Chefe de Gabinete da Secretaria de Governo no primeiro mandato do governador Tasso Jereissati.
Em 2003, foi promovido a Procurador de Justiça, onde atuou até se aposentar em 2009. Ele deixa quatro filhos: Eveline (socióloga), José Newton (bacharel em Filosofia e analista de sistemas), Ulisses (advogado e assessor do Tribunal de Justiça do Ceará) e Manoel Hélio (advogado), além de seis netos: Marcos Bruno, Beatriz, Raiça, Gabriela, Manoela e Mirela.