Wellington Dias destaca ações do Gás do Povo, Bolsa Família e BPC

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, foi o convidado do programa “Bom Dia, Ministro” desta quarta-feira (15.10). Em entrevista a radialistas de todo o país, ele destacou os avanços do Brasil no combate à fome e à pobreza, com base nos dados da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), que mostraram um recorde histórico da redução da fome no país. CLIQUE AQUI E CONFIRA. ▶️Não perca nenhuma notícia, clique aqui e siga nosso grupo no WhatsApp◀️.

Em 2024, o número de pessoas sem acesso adequado à alimentação caiu ao patamar de 3,2%, igualando 2013. Em dois anos, o governo tirou 26,5 milhões de pessoas da insegurança alimentar grave.

Durante a conversa, o ministro também abordou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e o fortalecimento de políticas de inclusão produtiva e proteção social, como o Bolsa Família e o Gás do Povo. Ele ressaltou ainda as ações de qualificação profissional para pessoas inscritas no Cadastro Único, por meio do Programa Acredita no Primeiro Passo, além de medidas para ampliar a fiscalização e garantir eficiência na gestão dos benefícios sociais.

Wellington Dias lembrou que o país alcançou o menor patamar histórico de pobreza e desigualdade, reforçando o compromisso do Governo do Brasil com uma renda mínima sustentável e com a educação como base do desenvolvimento social.

“O desafio agora é manter esses resultados”, afirmou. “Quando dizemos que o Brasil saiu do Mapa da Fome, significa que atingimos um patamar muito baixo de insegurança alimentar. Para manter o país fora do mapa, é preciso consolidar a renda mínima. No mundo, considera-se o valor de 40 dólares por pessoa para sair da pobreza e de 120 dólares para se sustentar com dignidade”, disse.

O ministro destacou ainda que o Bolsa Família é um dos principais instrumentos de combate à fome, por garantir segurança alimentar imediata e, ao mesmo tempo, criar oportunidades de autonomia para as famílias.

“É importante dizer que quem entra no Bolsa Família só sai para cima, seja para uma renda de negócio, seja para o trabalho. Caso perca a renda, retorna automaticamente ao programa. Esse é um caminho sustentável, e quanto mais avançarmos na educação, mais seguro será o futuro. A educação é o alicerce mais firme, por isso o governo criou o programa Pé-de-Meia. Reduzimos em 35% a evasão escolar”.

Gás do Povo

Outro tema abordado foi o Gás do Povo, que garante gratuidade no botijão de gás de cozinha para famílias em situação de vulnerabilidade. A iniciativa vai beneficiar cerca de 50 milhões de pessoas, em 15,5 milhões de residências, triplicando o alcance do Auxílio Gás, programa atual. O benefício contemplará famílias inscritas no Cadastro Único, com renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 759), com prioridade para quem já recebe o Bolsa Família. Durante a transição, os beneficiários do Auxílio Gás continuarão recebendo normalmente o repasse do programa em vigência.

Questionado sobre a segurança e a transparência do Gás do Povo, o titular da pasta do Desenvolvimento Social destacou os avanços no novo Cadastro Único. “O Brasil trabalha com um cadastro robusto, sabemos exatamente quem tem direito. Isso garante muita segurança”, afirmou. “Não é uma logística simples: teremos 55 mil pontos credenciados já na largada. Fizemos acordo com redes de comércio e distribuidoras, e, se houver problemas, vamos encontrar soluções. O Brasil tem hoje uma capacidade extraordinária de produção de gás. É um programa que beneficia diretamente 15 milhões de famílias”.

Auxílio Emergencial

Wellington Dias também comentou o ressarcimento de valores do Auxílio Emergencial pagos indevidamente. Ao todo, 177,4 mil famílias foram notificadas a devolver R$ 478,8 milhões à União. Estão isentas as pessoas em maior vulnerabilidade, como beneficiários do Bolsa Família e do Cadastro Único, quem recebeu valores inferiores a R$ 1,8 mil ou tem renda familiar per capita de até dois salários mínimos.

“Na última gestão tivemos um desmonte do sistema, trocaram o CadÚnico por um aplicativo, o que gerou muitas fraudes. O Auxílio Emergencial acabou sendo usado de forma indevida, beneficiando pessoas que não tinham direito, enquanto quem preenchia os requisitos ficava de fora. Hoje, com investimento forte no CadÚnico e na Dataprev, conseguimos identificar valores indevidos. Esse trabalho permitiu economizar recursos e alcançar quem estava de fora”, explicou.

BPC

Por fim, Wellington Dias falou sobre a nova regra do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante proteção a quem tiver variação de renda. A norma, que regulamenta mudanças introduzidas no fim de 2024, amplia a rede de proteção a pessoas idosas e com deficiência em situação de vulnerabilidade.

Entre as novidades, está a manutenção do benefício mesmo em caso de aumento temporário da renda familiar. O BPC seguirá garantido sempre que a renda mensal ou a média dos últimos 12 meses permanecer igual ou inferior a um quarto do salário mínimo.

Com informações do MDS