As obras da ferrovia Transnordestina, que incluem o trecho entre os municípios cearenses de Itapiúna e Quixadá, ganham novo fôlego com recursos do aditivo de R$ 3,6 bilhões pelo Governo Federal. Os recursos, anunciados em uma cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do presidente Lula, viabilizam a continuidade de um dos maiores projetos de infraestrutura do Brasil.
O aditivo é resultado de uma ação coordenada do Governo Federal para garantir a conclusão das obras. A Transnordestina Logística (TLSA), empresa responsável pelo projeto, informou que trechos transitáveis estarão em funcionamento até 2026. A Transnordestina é a maior obra logística do Nordeste e um dos principais projetos de infraestrutura do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
A assinatura do aditivo ocorreu na quinta-feira (28), contando com a participação do presidente Lula, do ministro dos Transportes em exercício, George Santoro, e de representantes estaduais e municipais. Durante o evento, também foi oficializada a Ordem de Serviço para o lote 7, que abrange 55 quilômetros de trilhos entre Itapiúna e Quixadá, parte essencial da primeira fase do projeto que conectará Eliseu Martins, no Piauí, ao Porto do Pecém, no Ceará.
Em seu discurso, Lula destacou a importância histórica da ferrovia, lembrando os esforços de Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco, na concepção do projeto. “A Transnordestina vai mudar a vida do Nordeste. Não podemos ser competitivos sem ferrovias que garantam o transporte eficiente das cargas que produzimos”, afirmou.
O projeto está em ritmo acelerado desde 2023, após anos de paralisia. Até agora, 676 quilômetros de trilhos foram concluídos e outros 151 quilômetros estão em execução. A expectativa é de que os primeiros vagões, carregados com soja, milho e calcário, entrem em operação assistida em 2025.
A ferrovia Transnordestina, com 1.757 quilômetros de extensão planejados, integra o Novo PAC e tem como objetivo não apenas o transporte de cargas, mas também a promoção do desenvolvimento regional. O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, destacou que as obras devem gerar até 8 mil postos de trabalho diretos.
Com a integração futura à ferrovia Norte-Sul, o empreendimento pretende criar uma malha ferroviária nacional robusta, reduzindo custos logísticos e aumentando a competitividade do Brasil no mercado internacional.