A entrada de uma família no Bolsa Família começa com o responsável familiar procurando o CRAS OU posto do Cadastro Único no município que reside. É necessário levar os documentos de todos os integrantes — como CPF, RG, certidões de nascimento, comprovante de residência e informações sobre renda. Durante o atendimento, o técnico realiza o cadastramento ou atualização dos dados no Cadastro Único (CadÚnico). Essa etapa é indispensável para que o governo possa identificar a família e avaliar sua situação. Após o registro, o responsável deve aguardar o processamento das informações. ▶️Não perca nenhuma notícia, clique aqui e siga nosso grupo no WhatsApp◀️
O procedimento de seleção é automatizado e impessoal, conduzido pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). O sistema cruza os dados do CadÚnico com os critérios do programa. Para que a família seja considerada, o cadastro precisa estar atualizado nos últimos 24 meses, ter um responsável familiar sem pendências e comprovar renda mensal por pessoa de até R$ 218,00. Somente após atender a esses requisitos o grupo passa a ser avaliado para possível inclusão no benefício.
Além desses critérios básicos, o MDS também leva em conta fatores locais e orçamentários. Cada município tem uma cobertura estimada do Bolsa Família conforme a estimativa de pobreza e o limite orçamentário disponível. Assim, mesmo com cadastro válido, a entrada pode não ser imediata, dependendo da disponibilidade de vagas e da ordem de priorização. No caso das famílias unipessoais — compostas por apenas uma pessoa — há uma exigência adicional: desde julho de 2023, a inclusão depende de entrevista domiciliar, que serve para confirmar as informações declaradas e garantir a veracidade dos dados.
As informações registradas no CadÚnico passam por verificações automáticas e cruzamentos com bancos de dados oficiais. O MDS estabelece uma ordem de prioridade para as famílias em situação de maior vulnerabilidade social. Têm preferência indígenas, quilombolas, pessoas resgatadas de trabalho análogo à escravidão, catadores de recicláveis, famílias com crianças em situação de trabalho infantil, pessoas em situação de rua, famílias em risco de insegurança alimentar e aquelas que enfrentam violações de direitos.
Depois do atendimento dessas prioridades, são consideradas as famílias com menor renda per capita e maior número de crianças e adolescentes. O conjunto dessas etapas visa garantir que o Bolsa Família cumpra seu papel social: alcançar primeiro quem mais precisa.