A Comissão Gestora do Açude Castro, em Itapiúna, definiu, na última quinta-feira (7/08), a operação de alocação das águas do reservatório até janeiro de 2026. A decisão foi tomada em reunião realizada na Secretaria de Assistência Social do município, com a participação da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), por meio da Gerência Regional das Bacias Metropolitanas. O encontro reuniu 27 pessoas, incluindo 12 membros da Comissão Gestora. O objetivo foi avaliar a situação hídrica e estabelecer as regras de liberação para o próximo período operacional. ▶️Não perca nenhuma notícia sobre, clique aqui e siga nosso grupo no WhatsApp.◀️
Durante a reunião, o analista em Gestão de Recursos Hídricos, André Rufino, apresentou os dados acumulados da quadra chuvosa de 2025 e a atual situação das Bacias Metropolitanas, que registram 74% de sua capacidade total. Segundo ele, o Açude Castro conta atualmente com 27,79 milhões de metros cúbicos, o equivalente a 44,60% de sua capacidade. O especialista detalhou três cenários possíveis de vazão, com base nas necessidades de abastecimento humano e de perenização do leito do Rio Castro, todos garantindo volume superior a 30% no final da operação.
O primeiro cenário previa vazão média de 30 litros por segundo, destinada exclusivamente ao abastecimento humano de Itapiúna e distritos como Itans do Poço, Palmatória, Caio Prado, Barra Nova e Bico de Arara, além da Fazenda Touros. O segundo sugeria vazão média de 55 l/s, sendo 30 l/s para consumo humano e 25 l/s para perenização do rio. Já o terceiro estabelecia 80 l/s, com 30 l/s para abastecimento humano e 50 l/s para o leito do Rio Castro. Após análise, a Comissão aprovou por maioria o cenário de maior liberação, com previsão de encerrar janeiro de 2026 com 30,7% da capacidade do açude.
O gerente regional das Bacias Metropolitanas, Berthyer Peixoto, ressaltou a relevância do Açude Castro para a região, destacando os múltiplos usos do reservatório. Segundo ele, o manancial abastece duas sedes municipais — Itapiúna e Capistrano —, além de sustentar atividades econômicas como piscicultura, pequenas produções agrícolas e irrigação a jusante da barragem. O gestor enfatizou que a operação busca equilibrar o atendimento às demandas locais e a preservação do volume armazenado, considerando a importância estratégica do açude no sistema hídrico regional.
Na ocasião, também foi realizada a entrega dos certificados de posse e capacitação aos novos membros da Comissão Gestora, eleitos em julho de 2024. A cerimônia marcou o início do mandato dos representantes que terão papel direto nas futuras decisões sobre a gestão do reservatório. A Cogerh reforçou o compromisso de manter o diálogo com a comunidade e demais usuários da água, buscando garantir o uso sustentável do Açude Castro até o próximo período chuvoso. A reunião encerrou com alinhamento sobre o monitoramento contínuo e a avaliação periódica da operação definida.