Cadastro Único: quem tem direito e como se inscrever

O Cadastro Único é a principal porta de entrada para famílias brasileiras de baixa renda terem acesso aos benefícios sociais do Governo Federal. Ele reúne informações detalhadas sobre a composição familiar, renda, moradia e condições de vida, servindo como base para a seleção em diversos programas. A inscrição pode ser feita nos CRAS ou secretarias de assistência social, e garante visibilidade para que as famílias sejam incluídas em políticas públicas. Não perca nenhuma notícia, clique aqui e siga nosso grupo no WhatsApp.

Podem se inscrever famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa, ou aquelas com renda maior que necessitem de programas vinculados ao Cadastro Único. Desde 2023, o CPF passou a ser o número oficial de identificação, substituindo o NIS, em cumprimento à Lei nº 14.534. Isso significa que, para se cadastrar ou atualizar dados, é obrigatório apresentar o CPF de todos os membros da família, além de outros documentos, como RG, certidão de nascimento e comprovante de residência.

Para realizar a inscrição, é preciso que uma pessoa seja o responsável familiar, com pelo menos 16 anos, residente no mesmo domicílio e, preferencialmente, mulher. Como exemplo, imagine Ana, de 29 anos, mãe de duas crianças, que se dirige ao CRAS para o cadastro. Ela leva seu CPF e título de eleitor, além da certidão de nascimento dos filhos e uma conta de luz como comprovante de residência. Essa documentação foi suficiente para incluir toda a família no sistema.

Estar no Cadastro Único não garante automaticamente a participação em programas, pois cada benefício possui critérios específicos. No entanto, apenas famílias cadastradas e com informações atualizadas podem ser selecionadas. Atualmente, 28 programas utilizam a base de dados para escolher beneficiários. Entre os principais estão: Bolsa Família (antigo Auxílio Brasil), Auxílio Gás, Tarifa Social de Energia Elétrica, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Criança Feliz, Carteira do Idoso e isenção de taxas em concursos públicos. Também há benefícios previdenciários, como a aposentadoria para pessoa de baixa renda.

Além dos programas federais, estados e municípios utilizam os dados do Cadastro Único para implementar políticas próprias. Por exemplo, em algumas cidades, famílias cadastradas podem ter desconto no transporte público ou prioridade em programas de habitação popular. Isso mostra que manter os dados atualizados é essencial para ampliar as chances de acesso a benefícios. Como no caso fictício de José, trabalhador rural, que ao atualizar seu cadastro pôde garantir à família não apenas o Auxílio Gás, mas também o direito à tarifa social de energia elétrica.