Se o estudante começar a receber o Pé-de-Meia e, depois disso, a família deixar de integrar o Bolsa Família, isso não significa, automaticamente, o fim do incentivo educacional. O Ministério da Educação esclarece que, enquanto a família continuar inscrita no Cadastro Único, com renda de até meio salário mínimo por pessoa, o jovem segue habilitado ao Pé-de-Meia, mesmo que já não tenha mais direito ao Bolsa Família. Só quando a renda familiar por pessoa ultrapassa esse limite é que o estudante deixa de fazer parte do programa.🚨Não perca nenhuma notícia, clique aqui e siga nosso grupo no WhatsApp🚨.
O Pé-de-Meia é um incentivo financeiro-educacional criado para garantir a permanência e a conclusão do ensino médio público. Destinado a estudantes de famílias inscritas no CadÚnico, o programa funciona como uma poupança que busca democratizar o acesso, reduzir desigualdades e fortalecer a mobilidade social. No ensino regular, o estudante recebe R$ 200 mensais mediante matrícula e frequência. Na Educação de Jovens e Adultos, há um incentivo de R$ 200 pela matrícula somado a mais R$ 225 pela frequência. Ao final de cada ano letivo concluído, são depositados R$ 1.000, liberados apenas após a formatura, além do adicional de R$ 200 pela participação no Enem.
O processo de concessão do incentivo ocorre em etapas. Após a matrícula, a escola envia os dados do aluno para a rede de ensino, que repassa as informações ao Ministério da Educação. O MEC cruza essas informações com o que foi declarado pela família no CadÚnico, verificando matrícula, frequência e enquadramento na faixa de renda. Se todos os critérios estão corretos, a autorização de pagamento é emitida, e a Caixa Econômica Federal abre uma conta automaticamente ou credita o valor em conta já existente em nome do estudante.
Quando a família deixa de receber o Bolsa Família, o Pé-de-Meia continua ativo enquanto a renda declarada permanecer dentro do limite permitido. A atualização cadastral ocorre periodicamente, e qualquer alteração pode refletir nos meses seguintes. Assim, mesmo após a perda do Bolsa Família, o estudante mantém o recebimento das parcelas mensais e dos depósitos anuais se ainda estiver no CadÚnico e cumprir as exigências escolares de matrícula e frequência.
A perda do direito ao incentivo ocorre quando a renda por pessoa ultrapassa meio salário mínimo ou quando a família deixa de integrar o CadÚnico. Nesses casos, o estudante pode ser desligado do programa e deixa de receber as parcelas seguintes. A orientação é acompanhar o extrato da conta da Caixa, as mensagens enviadas pela escola e os comunicados oficiais. Em caso de dúvida ou inconsistência, o responsável deve procurar o Cras para atualizar o cadastro e verificar se permanece dentro dos critérios.
Ao final, a regra é clara: deixar o Bolsa Família não encerra, por si só, o Pé-de-Meia. O que define a continuidade do benefício é o enquadramento no CadÚnico, o limite de renda e o cumprimento das exigências escolares. Dessa forma, o programa assegura que o estudante continue construindo sua poupança educacional ao longo do ensino médio.











